Hoy se cumplen 40 años del intento de golpe de Estado comunista en Portugal

EL CURIOSO IMPERTINENTE

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Un suceso poco conocido y tan lleno aún de puntos oscuros y preguntas sin respuestas como nuestro 23-F.


O 'mistério' do 25 de Novembro de 1975 - 2006 - DN

É sabido: no dia 25 de Novembro de 1975, no final do período revolucionário que se seguiu ao 25 de Abril, Portugal esteve à beira de uma guerra civil. Depois de um período de disputa pelo poder político-militar, que abrange todo o Verão de 1975, as forças democráticas (PS, PSD e CDS, na ala partidária, os moderados do Movimento das Forças Armadas, o MFA, liderados pelos Grupo dos Nove, e a Igreja Católica), que lutavam por uma democracia do tipo europeu, e as forças pró-comunistas (PCP, extrema-esquerda e a Esquerda Militar), que procuravam impor ao País um regime autoritário próximo do dos países comunistas, enfrentaram-se em Lisboa.

Venceram os moderados e o caminho para a democracia foi reaberto. Mas a data, isto é, o "quem é quem" e o "quem faz o quê" nos acontecimentos que levaram os radicais do MFA a marchar com a unidade pára-quedista de Tancos sobre a capital e as principais bases aéreas em seu redor, ainda permanece envolto em "mistério". E nem um simples e linear raciocínio de mediana inteligência desata, 30 anos depois, esse "mistério". O "mistério" resume-se a uma pergunta: é, ou não, o PCP, com o apoio operacional da Esquerda Militar, a organização que avança para o confronto e porquê?

Têm-se colocado dúvidas sobre a coerência (ou a "incoerência") de um plano militar "tão frouxo" como o dos revoltosos de Tancos. E, no plano político, sobre as verdadeiras intenções e acção do PCP nessa data. Em suma, perguntam os que alimentam esse "mistério": como poderia o PCP avançar para uma tentativa de mudança do poder político-militar com tal plano militar tão débil? E que quereria ele fazer, de facto, um golpe militar, tomar o poder? As respostas, mesmo com base em depoimentos que não incluem as "memórias" do PCP, são, para mim, simples.

Era o plano militar de quem comandava o 25 de Novembro frouxo? Não. Qualquer aprendiz de militar verifica que uma acção de ocupação do quartel-general (QG) operacional da Força Aérea e das suas principais bases aéreas operacionais não é um plano qualquer. É um plano inteligente e necessário para fazer de novo bascular a balança do poder para a esquerda pró-comunista. Porquê? Porque, estando a principal força de actuação - o Exército - maioritariamente dominada pelos moderados, só o desequilíbrio dos restantes dois ramos das Forças Armadas - Marinha e Força Aérea - poderiam impor ao Exército um realinhamento político-militar e impedir uma eventual acção deste para repor a ordem no País. Tomar o comando da Força Aérea e as suas principais bases significava, "apenas", subtrair ao Exército o seu principal apoio. E era também uma forma de incitar e libertar a Marinha - nomeadamente os fuzileiros - para uma acção ao lado dos radicais.

Que falhou neste plano militar? Duas coisas. Uma, e muito importante, o alinhamento do então comandante operacional do Copcon (QG operacional do MFA), general Otelo Saraiva de Carvalho, ao lado dos pára-quedistas (isto é: da Esquerda Militar). Otelo, que o PCP mais voluntarista contava como aliado e comandante militar "independente" para o golpe, foi para casa nessa madrugada, deixando os revoltosos sem um comando visível (e daí o ódio, que ainda hoje persiste, do PCP a Otelo). Outra, a acção do presidente da República, general Costa Gomes, que se opõe sinceramente a uma guerra civil e dá ordens de fidelidade hierárquica a unidades e cobertura aos militares moderados.

Que falhou no plano político? Otelo e Costa Gomes, de novo. O general Otelo Saraiva de Carvalho, comandante operacional do MFA no 25 de Abril, fora preparado, depois de Março de 1975, para ser o "grande líder" da revolução. É namorado pelo PCP e por Cuba. Tem encontros a sós com Cunhal e Fidel Castro convida-o repetidamente para visitar a ilha. Otelo acaba por lá ir em Julho. É recebido como um herói, é-lhe incentivado um papel de caudilho. Otelo regressa aparentemente convencido, diz que vai mandar os "contra-revolucionários" para a praça de touros do Campo Pequeno e é portador de uma mensagem de Fidel para Costa Gomes anunciando a intervenção cubana em Angola. Mas, depois, Otelo falha sempre: não apoia o primeiro-ministro comunista Vasco Gonçalves nem os pára-que- distas. Costa Gomes também "falha". Deixa Cuba avançar em Angola, até porque Portugal era frágil aí. Mas não dá possibilidade ao golpe do 25 de Novembro de avançar em Lisboa. Homem da Guerra Fria e estratego inteligente, deixa Angola para as superpotências e Portugal para a NATO. Um mês antes do 25 de Novembro, o líder soviético Leonid Breznev, numa conversa a sós de quatro horas, em Moscovo, explicara-lhe que a União Soviética não combateria os EUA na Península Ibérica. Por isso, a primeira preocupação de Costa Gomes, na manhã do 25 de Novembro, é falar com Cunhal e o seu braço popular (não armado, mas armável), a Intersindical. Cunhal aceita, mas ganha tempo para negociar o futuro, sem grandes perdas para o PCP.

Dir-se-ia não haver depoimentos ou provas suficientes do que afirmo. Mas há. Não se conhece tudo, mas o que se apurou, nestes anos de investigação e de recolha de relatos, é suficiente. Explicarei isso em próximo artigo.
 
Sí, intento de golpe del PCP, claro... espera...

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Y yo estuve alli.

Mis padres cuentan que fueron horas de muchísima tensión, y que cuando se dieron cuenta que debían acopiar comida y agua los supermercados estaban arrasados.

Unos años después, el 23F fueron los primeros en la puerta del super.
 
Y yo estuve alli.

Mis padres cuentan que fueron horas de muchísima tensión, y que cuando se dieron cuenta que debían acopiar comida y agua los supermercados estaban arrasados.

Unos años después, el 23F fueron los primeros en la puerta del super.


Es lo que traen los golpes de estado shur.

Recuerdo una anecdota del golpe de estado de chavez y compañia:

Una pareja de periodistas venezolanos estaban en su departamento (piso), logicamente preocupados ante los eventos del golpe.

Llego un señor español mayor, que habia vivido de muy niño la epoca de la guerra civil española y les aconsejo que los vecinos debian reunirse y elaborar planes en caso de saqueos y ataque al edificio. Por supuesto que los vecinos se asustaron el doble ante sus palabras :roto2::roto2::roto2:
 
Sí, intento de golpe del PCP, claro... espera...

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Eran otros tiempos, ahora no hacen falta bombas, solo Progres y feminista radicals para que los rebienten desde dentro.

"las posiciones progres, el progresismo… Mire usted, se lo diré con mucha claridad, prefiero que se acuerden de mi padre y de mi progenitora a que me llamen progre. La progresía es, ni más ni menos, que el sumidero por donde se han ido las ideas de la izquierda. La progresía es quedarse en la reforma de una serie de aspectos sociales, como los matrimonios gayses o las medidas de discriminación positiva de la mujer, mientras que se deja intacta una realidad económica injusta".

Julio Anguita
 
Sí, intento de golpe del PCP, claro... espera...

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Te doy las gracias aunque no esté de acuerdo contigo, porque aquí se trata de intercambiar información. Y de todos modos si yo no hubiese abierto este hilo para conmemorar la efeméride probablemente nadie lo habría hecho.
La llamada revolución de los claveles no fue tan incruenta como se ha hecho creer al vulgo, si bien durante aquellos años seguramente en Portugal hubo muchas menos muertes violentas que en la España de la tras*ición.
 
Te doy las gracias aunque no esté de acuerdo contigo, porque aquí se trata de intercambiar información. Y de todos modos si yo no hubiese abierto este hilo para conmemorar la efeméride probablemente nadie lo habría hecho.
La llamada revolución de los claveles no fue tan incruenta como se ha hecho creer al vulgo, si bien durante aquellos años seguramente en Portugal hubo muchas menos muertes violentas que en la España de la tras*ición.
Porque de algún modo en Portugal Gladio no cobijó o permitió movimientos del estilo de ETA, el BVE, los GAL o el GRAPO.
 
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