Sannoava
Madmaxista
Por Antonio Hernández
As naçons hispánicas/ibéricas, para molesta contrariedade dos unitaristas a ultranza, nom tiverom, até o século XVI, um emblema único e exclusivo que as represente desde o ponto de vista heráldico, salvo a suma ou agregaçom, sobre um escudo ou bandeira, dos emblemas dos seus distintos reinos e por último a bandeira conhecida como “rojo y gualda”. Mas, poderiamos conservar como símbolo federal o pabilhom vermelho-amarelo-vermelho igualmente compartido pela Espanha borbónica, a franquista e a democrática? Seria realmente esta bandeira a representativa dos nossos ideais e princípios? Há muitos que se aferram fanáticamente a estas cores, mas para respostar às perguntas que formulamos devemos ante tudo ser honestos e imparciais e prescindir de visceralismos cegos e irracionais.
Ante este assunto tam delicado, posto que soe fazer feridas entre os “patriotas” da chamada “Unidad Nacional”, sem maiores argumentos que um franquismo puro e duro ou um mimetismo com os demais Estados-naçom de Europa, mas também porque muitos hispânicos de boa fe crem que essa bandeira pouco menos que a levou o Cid Campeador, faze-se necessário plantejar as seguintes reflexons:
Quem e quando introdujo esta bandeira como ensenha das naçons hispânicas/ibericas? Que episódios históricos presidiu? Que e a quem representa hoje? À primeira pregunta respostamos:
O 28 de Maio de 1785, a proposta do ministro dom Antonio Valdés, o rei Carlos III de Borbón pormulgou a Ordenança Geral que no tratado IV, título I, expressa: “Para evitar os inconvintes e perjuiços que fiço ver a experiência pode ocasionar a bandeira real de que usa a minha Armada Naval…-devido ao abigarrado do seu desenho fazilmente confundível com outros pabilhons reais doutras monarquias-, resolvo que em adiante os meus buques de guerra usem bandeira dividida em tres listas das que alta e baixa sejam encarnadas… e a do médio amarelo”. Cabe destacar que esta decisom real foi tomada a dedo, de entre um numero conjunto de modelos que o citado ministro apresentou ao monarca e que se conservam. Som certamente cores que se distinguem na longania do horizonte marinho e contenhem, e isto suponhemos seria decisivo para o monarca, as cores do seu principal reino, o de Castilla. Com o que temos umha simples conveniência militar, um capricho régio e umha clara preferência por um só dos seus reinos hispânicos/ibéricos, da como resultado a bandeira em questom. Os exércitos reais, sem embargo, nom a usariam todavia, senom que continuariam com as antigas e tradicionais aspas de Borgonha traidas aos reinos Hispânicos/Ibéricos a princípios dos século XVI por Felipe “El Hermoso” marido de Juana de Castilla. Cinquenta e oito anos depois da decisom de Carlos III, o 13 de Outubro de 1843, a rainha Isabel II promulgou o Real Decreto Provisional polo que se determinou que as bandeiras e estandartes de todos os corpos do Exército fossem iguais na forma, dimensons e cores à bandeira da marinha de guerra espanhola, polas mesmas ou semelhantes razons tácticas militares que moverom ao seu antergo. Tal é a origem, nem romántico, nem legendário, nem heroico, nem simbólico da bandeira “rojo y gualda”. Por certo, a bandeira mercante da monarquia espanhola desde 1785 até 1927, nom foi igual à de guerra, senom umha semelhante à da coroa de Aragóm, consistente num pano amarelo com duas franjas vermelhas equidistantes dos bordes superior e inferior.
A segunda pergunta, Que episódios históricos presidiu esta bandeira? resposte-mos cumha funda relaçom. Na marinha, a perda de Gibraltar e a derrota de Trafalgar, nom por heróica menos absurda, mais a perda paulatina do Império colonial no primeiro terço do século XIX e já postos os pês na terra, as Guerras Carlistas, quase cinquenta anos de fratricídio e sangria dos hispânicos, os espantosos desastres jovenlandeses de 1893, 1909 e 1921, para defender os interesses de banqueiros, accionistas e financieiros extrangeiros nas minas do Rif, a perda de Filipinas, Cuba e Puerto Rico no 1898, últimas viragens do grande império hispânico, o fedorento espectáculo da decadente monarquia até 1931 que tinha-se adicado a saraus e cortesans, cacerias reais, corridas de touros e representaçons zarzueleiras mentres a classe obreira e o campesinhado fraqueava de fame e miséria e os seus filhos iam a servir à pátria e o rei baixo a “rojigualda”, entre mambises, tagalos e rifenhos, caindo como moscas, mais que em combate, em escuros e sujos hospitais de campanha por disenteria e paludismo. E por último o regime de Franco, reaccionário, pequeno-burgués, ramplóm, caciquil, clerical e nacional-espanholista centralista como o resto de governos “rojigualdos”.
Assim pois, nos 190 anos que mediam entre a declaraçom real da “rojigualda” como bandeira da monarquia e morte de Franco, a citada ensenha nom presidiu, como olhamos, mais que desastres, derrotas, decadência, injustiça e mediocridade (a Espanha casposa, mal-cheirenta e cutre, flamenca e toreira do detective Torrente hoje todavia coleia nos cenáculos fascistoides).
Mas em honra à verdade há que fazer a excepçom de certos feitos históricos, ainda que breves, nos que esta bandeira obtivo glória: a Guerra de África de 1860, certamente contra um inimigo muito inferior em armamento, e o desembarco de Alhucemas no 1923. Pode incluir-se a guerra, chamada por uns “Cruçada” e por outros “incivil”, de 1936-39 entre estas excepçons? Por alguns episódios rotundamente sim (a defesa do Alcázar de Toledo por exemplo), mas a represom bárbara, cruel, indiscriminada e injusta da posguerra nom cubre de glória precisamente à bandeira baixo a que se cometerom tantas ruindades contra os vencidos. Outra excepçom é, esta vez sim, sem restricçons, a gloriosa e inolvidável gesta da Divisom Azul na Uniom Soviética, onde as cores da bandeira “rojo y gualda” cubrirom-se de honra.
Sem embargo cabe dizer que os fundadores do fascio espanhol (assim consideravam-se ainda que agora nom lhe goste a alguns) nom pensavam restaurar a bandeira monárquica em caso de ter triunfado a sua malograda revoluçom. Escreve o “camisa vieja” Antonio Tovar que “os falangistas neófitos dos primeiros meses da Guerra Civil imaginavam que as bandeiras vermelhas e negras, bandeiras sindicalistas, iam ser as “nacionais espanholas” no canto da “rojigualda” e já tiverom vários incidentes com os militares reaccionários por nom leva-la nos seus desfiles. Nom se pode falar mais claro sobre o que pensavam os nacional-sindicalistas de Falange de las JONS sobre o assunto.
E a terceira pergunta. Que e a quem representa hoje esta bandeira? Nom podemos respostar outra cousa que, em primeiro lugar, a umha monarquia liberal, resíduo espúrio dumha dinastia decadente e lamentável, em segundo lugar, a umha democracia corrompida e incompetente de “direitosos” e “esquerdosos” e em terceiro lugar aos grupos residuais do franquismo mais cavernícola, velhos nostálgicos do nacional-catolicismo e as bandas de “pijos” fachitas sedicentes herdeiros do extinto regime.
Umha vez realizadas estas reflexons, nom fica mais remédio que prescindir da “rojigualda” definitivamente e sem nostalgias. Temos que ser coerentes com o nosso talante revolucionário e proponher para as naçons hispânicas aqueles outros antigos e significativos símbolos. Nom empregar símbolos nom ligados ao nosso mais recente passado, que tem pouco de glorioso, se nom inspirados num passado mais antigo e honorável, quando as naçons hispânicas eram respeitadas e admiradas em tuda Europa.
Declaramos pois que, sem acritude mas sem reservas, a bandeira “rojigualda” nom nos deve já representar e menos ainda a bandeirinha com o touro de Osborne que tanto gosta a certos novos “espanholeiros” da democracia.
Conclusons Sempre intentei demostrar a pluralidade nacional em Hispania/Iberia mas que sempre convidando à unidade entre eles por meio dum pacto asumido com lealdade e generosidade, para que, com acordos comuns, consigamos a armonia social em justa convivência.
Lembremos pois, a pluralidade nacional, ao igual que reconhecemos a soberania e liberdade de tudas e cada umha das naçons hispânicas e o seu direito à autodeterminaçom, mas em contrapartida justa promovemos como vitalmente necessária a solidaridade popular entre as mesmas. Naçons livres e soberanos que tomem em assembleia decisons colectivas, porque devemos afrontar os mesmos problemas ante um futuro que se nos apresenta como reto.
Dar-nos o lombo uns a outros ou, o que é mais grave, enfrontar-nos uns com outros, é a maior estupidez que podemos cometer.
Esta é, em conclusom, a nossa teoria: que juntos vivimos muitos séculos e que igualmente juntos vamos a estarpolo resto da história. Se temos que estar juntos, a menos que optemos por umha migraçom colectiva a pontos diferentes do planeta, estamos obrigados a entendermos posto que compartimos a mesma terra. E se temos que compartir o nosso cham, cremos que o mais inteligente, ademais de justo, é fazê-lo em amiçade. Por isso impom-se a necessária coerência para acordar em assembléias de naçons livres umhas normas de convivência e um projecto para construir o porvir, ponhendo como primeira pedra do edifício a ideia de que as naçons ibéricas, como território peninsular som o solar comum dos hispânicos/ibéricos, sem menoscabo algum das pátrias carnais de cada um dos nossos povos e sabendo e admitindo que pertencemos também a um coletivo maior que nos abarca, é dizer, Europa, com a que temos em paridade umha milenária cultura e um antiquísimo parentesco genético.
No nosso caminho imos tropeçar, ademais de com o próprio Sistema plutocrático e mundialista, com outros obstáculos interiores, muros de fanatismo, sectarismo e imcomprensom, mas temos resoluçom suficiente para derribá-los ou para saltá-los. Trata-se, por umha banda, da cerrazom centralizadora e absolutista do “espanholismo” a ultrança, por outra da insolaridade separatista e xenófova e umha “espanholidade” pluralista mas fechada com Europa.
Os espanholistas a ultrança negam por sistema e princípio a realidad plurinacional da península ibérica. Se esta opinióm mantivera-se dentro dos cauces dum debate jeitoso, racional e respeitoso, seria perfeitamente admisível. Mas nom é esse o caso. Eles desejam imponher esta idéia unitária a sangue e fogo. De facto já o fizerom durante quarenta anos com o seu queridísimo Caudilho invicto. Para eles, a Espanha imaginária e sectária que se inventam está ante tudo e sobre tudo. A “sua” Espanha, mística, metafísica, indivisível e indisolúvel, como se de química ou de teologia se tratara, é umha espécie de espírito etéreo que tras*ita pela Península desde a noite dos tempos. Algo alheio ao tempo e ao espaço, umha misteriosa entidade angélica pouco menos que enviada pelo Deus Altísimo. Só há umha naçom: Espanha. Só há umha língua: o espanhol. Só há umha bandeira: a “rojigualda” (com águia, sem águia e com touro que há para tudos os gostos). E se alguém osa discrepar... comigo sodes em batalha!, como dizia o pobre Don Quijote. Todo o que saia de aí é “lesa pátria”, traiçom ao estado ou conjura ****u-masónica. Com tais personagens nom é possível nenhum entendimento. Fecham-se em banda e só empregam os argumentos do insulto e da violência. Pois bem, fiquem vocês com a sua nostálgia nacional-católica, o seu Val dos Caidos e os seus vintes de Novembro. Nós seguiremos imperturbáveis o nosso caminho. Há quenes som ultra-espanholistas e nom se querem ver reflexados no franquismo patrioteiro, mas o seu subconsciente traiciona-lhes à menor ocasom. Nom vamos a dizer nomes nem siglas.
Antonio Hernández Pérez
http://2.bp.blogspot.com/_6zFUCXyZv2w/S1CXiP5LCcI/AAAAAAAAAJA/wEPoSjKrRjE/s1600/de derechas+celtico.jpg
M.R.A. Gallaecia: A bandeira “rojo y gualda”
---------- Post added 26-abr-2013 at 10:15 ----------
As naçons hispánicas/ibéricas, para molesta contrariedade dos unitaristas a ultranza, nom tiverom, até o século XVI, um emblema único e exclusivo que as represente desde o ponto de vista heráldico, salvo a suma ou agregaçom, sobre um escudo ou bandeira, dos emblemas dos seus distintos reinos e por último a bandeira conhecida como “rojo y gualda”. Mas, poderiamos conservar como símbolo federal o pabilhom vermelho-amarelo-vermelho igualmente compartido pela Espanha borbónica, a franquista e a democrática? Seria realmente esta bandeira a representativa dos nossos ideais e princípios? Há muitos que se aferram fanáticamente a estas cores, mas para respostar às perguntas que formulamos devemos ante tudo ser honestos e imparciais e prescindir de visceralismos cegos e irracionais.
Ante este assunto tam delicado, posto que soe fazer feridas entre os “patriotas” da chamada “Unidad Nacional”, sem maiores argumentos que um franquismo puro e duro ou um mimetismo com os demais Estados-naçom de Europa, mas também porque muitos hispânicos de boa fe crem que essa bandeira pouco menos que a levou o Cid Campeador, faze-se necessário plantejar as seguintes reflexons:
Quem e quando introdujo esta bandeira como ensenha das naçons hispânicas/ibericas? Que episódios históricos presidiu? Que e a quem representa hoje? À primeira pregunta respostamos:
O 28 de Maio de 1785, a proposta do ministro dom Antonio Valdés, o rei Carlos III de Borbón pormulgou a Ordenança Geral que no tratado IV, título I, expressa: “Para evitar os inconvintes e perjuiços que fiço ver a experiência pode ocasionar a bandeira real de que usa a minha Armada Naval…-devido ao abigarrado do seu desenho fazilmente confundível com outros pabilhons reais doutras monarquias-, resolvo que em adiante os meus buques de guerra usem bandeira dividida em tres listas das que alta e baixa sejam encarnadas… e a do médio amarelo”. Cabe destacar que esta decisom real foi tomada a dedo, de entre um numero conjunto de modelos que o citado ministro apresentou ao monarca e que se conservam. Som certamente cores que se distinguem na longania do horizonte marinho e contenhem, e isto suponhemos seria decisivo para o monarca, as cores do seu principal reino, o de Castilla. Com o que temos umha simples conveniência militar, um capricho régio e umha clara preferência por um só dos seus reinos hispânicos/ibéricos, da como resultado a bandeira em questom. Os exércitos reais, sem embargo, nom a usariam todavia, senom que continuariam com as antigas e tradicionais aspas de Borgonha traidas aos reinos Hispânicos/Ibéricos a princípios dos século XVI por Felipe “El Hermoso” marido de Juana de Castilla. Cinquenta e oito anos depois da decisom de Carlos III, o 13 de Outubro de 1843, a rainha Isabel II promulgou o Real Decreto Provisional polo que se determinou que as bandeiras e estandartes de todos os corpos do Exército fossem iguais na forma, dimensons e cores à bandeira da marinha de guerra espanhola, polas mesmas ou semelhantes razons tácticas militares que moverom ao seu antergo. Tal é a origem, nem romántico, nem legendário, nem heroico, nem simbólico da bandeira “rojo y gualda”. Por certo, a bandeira mercante da monarquia espanhola desde 1785 até 1927, nom foi igual à de guerra, senom umha semelhante à da coroa de Aragóm, consistente num pano amarelo com duas franjas vermelhas equidistantes dos bordes superior e inferior.
A segunda pergunta, Que episódios históricos presidiu esta bandeira? resposte-mos cumha funda relaçom. Na marinha, a perda de Gibraltar e a derrota de Trafalgar, nom por heróica menos absurda, mais a perda paulatina do Império colonial no primeiro terço do século XIX e já postos os pês na terra, as Guerras Carlistas, quase cinquenta anos de fratricídio e sangria dos hispânicos, os espantosos desastres jovenlandeses de 1893, 1909 e 1921, para defender os interesses de banqueiros, accionistas e financieiros extrangeiros nas minas do Rif, a perda de Filipinas, Cuba e Puerto Rico no 1898, últimas viragens do grande império hispânico, o fedorento espectáculo da decadente monarquia até 1931 que tinha-se adicado a saraus e cortesans, cacerias reais, corridas de touros e representaçons zarzueleiras mentres a classe obreira e o campesinhado fraqueava de fame e miséria e os seus filhos iam a servir à pátria e o rei baixo a “rojigualda”, entre mambises, tagalos e rifenhos, caindo como moscas, mais que em combate, em escuros e sujos hospitais de campanha por disenteria e paludismo. E por último o regime de Franco, reaccionário, pequeno-burgués, ramplóm, caciquil, clerical e nacional-espanholista centralista como o resto de governos “rojigualdos”.
Assim pois, nos 190 anos que mediam entre a declaraçom real da “rojigualda” como bandeira da monarquia e morte de Franco, a citada ensenha nom presidiu, como olhamos, mais que desastres, derrotas, decadência, injustiça e mediocridade (a Espanha casposa, mal-cheirenta e cutre, flamenca e toreira do detective Torrente hoje todavia coleia nos cenáculos fascistoides).
Mas em honra à verdade há que fazer a excepçom de certos feitos históricos, ainda que breves, nos que esta bandeira obtivo glória: a Guerra de África de 1860, certamente contra um inimigo muito inferior em armamento, e o desembarco de Alhucemas no 1923. Pode incluir-se a guerra, chamada por uns “Cruçada” e por outros “incivil”, de 1936-39 entre estas excepçons? Por alguns episódios rotundamente sim (a defesa do Alcázar de Toledo por exemplo), mas a represom bárbara, cruel, indiscriminada e injusta da posguerra nom cubre de glória precisamente à bandeira baixo a que se cometerom tantas ruindades contra os vencidos. Outra excepçom é, esta vez sim, sem restricçons, a gloriosa e inolvidável gesta da Divisom Azul na Uniom Soviética, onde as cores da bandeira “rojo y gualda” cubrirom-se de honra.
Sem embargo cabe dizer que os fundadores do fascio espanhol (assim consideravam-se ainda que agora nom lhe goste a alguns) nom pensavam restaurar a bandeira monárquica em caso de ter triunfado a sua malograda revoluçom. Escreve o “camisa vieja” Antonio Tovar que “os falangistas neófitos dos primeiros meses da Guerra Civil imaginavam que as bandeiras vermelhas e negras, bandeiras sindicalistas, iam ser as “nacionais espanholas” no canto da “rojigualda” e já tiverom vários incidentes com os militares reaccionários por nom leva-la nos seus desfiles. Nom se pode falar mais claro sobre o que pensavam os nacional-sindicalistas de Falange de las JONS sobre o assunto.
E a terceira pergunta. Que e a quem representa hoje esta bandeira? Nom podemos respostar outra cousa que, em primeiro lugar, a umha monarquia liberal, resíduo espúrio dumha dinastia decadente e lamentável, em segundo lugar, a umha democracia corrompida e incompetente de “direitosos” e “esquerdosos” e em terceiro lugar aos grupos residuais do franquismo mais cavernícola, velhos nostálgicos do nacional-catolicismo e as bandas de “pijos” fachitas sedicentes herdeiros do extinto regime.
Umha vez realizadas estas reflexons, nom fica mais remédio que prescindir da “rojigualda” definitivamente e sem nostalgias. Temos que ser coerentes com o nosso talante revolucionário e proponher para as naçons hispânicas aqueles outros antigos e significativos símbolos. Nom empregar símbolos nom ligados ao nosso mais recente passado, que tem pouco de glorioso, se nom inspirados num passado mais antigo e honorável, quando as naçons hispânicas eram respeitadas e admiradas em tuda Europa.
Declaramos pois que, sem acritude mas sem reservas, a bandeira “rojigualda” nom nos deve já representar e menos ainda a bandeirinha com o touro de Osborne que tanto gosta a certos novos “espanholeiros” da democracia.
Conclusons Sempre intentei demostrar a pluralidade nacional em Hispania/Iberia mas que sempre convidando à unidade entre eles por meio dum pacto asumido com lealdade e generosidade, para que, com acordos comuns, consigamos a armonia social em justa convivência.
Lembremos pois, a pluralidade nacional, ao igual que reconhecemos a soberania e liberdade de tudas e cada umha das naçons hispânicas e o seu direito à autodeterminaçom, mas em contrapartida justa promovemos como vitalmente necessária a solidaridade popular entre as mesmas. Naçons livres e soberanos que tomem em assembleia decisons colectivas, porque devemos afrontar os mesmos problemas ante um futuro que se nos apresenta como reto.
Dar-nos o lombo uns a outros ou, o que é mais grave, enfrontar-nos uns com outros, é a maior estupidez que podemos cometer.
Esta é, em conclusom, a nossa teoria: que juntos vivimos muitos séculos e que igualmente juntos vamos a estarpolo resto da história. Se temos que estar juntos, a menos que optemos por umha migraçom colectiva a pontos diferentes do planeta, estamos obrigados a entendermos posto que compartimos a mesma terra. E se temos que compartir o nosso cham, cremos que o mais inteligente, ademais de justo, é fazê-lo em amiçade. Por isso impom-se a necessária coerência para acordar em assembléias de naçons livres umhas normas de convivência e um projecto para construir o porvir, ponhendo como primeira pedra do edifício a ideia de que as naçons ibéricas, como território peninsular som o solar comum dos hispânicos/ibéricos, sem menoscabo algum das pátrias carnais de cada um dos nossos povos e sabendo e admitindo que pertencemos também a um coletivo maior que nos abarca, é dizer, Europa, com a que temos em paridade umha milenária cultura e um antiquísimo parentesco genético.
No nosso caminho imos tropeçar, ademais de com o próprio Sistema plutocrático e mundialista, com outros obstáculos interiores, muros de fanatismo, sectarismo e imcomprensom, mas temos resoluçom suficiente para derribá-los ou para saltá-los. Trata-se, por umha banda, da cerrazom centralizadora e absolutista do “espanholismo” a ultrança, por outra da insolaridade separatista e xenófova e umha “espanholidade” pluralista mas fechada com Europa.
Os espanholistas a ultrança negam por sistema e princípio a realidad plurinacional da península ibérica. Se esta opinióm mantivera-se dentro dos cauces dum debate jeitoso, racional e respeitoso, seria perfeitamente admisível. Mas nom é esse o caso. Eles desejam imponher esta idéia unitária a sangue e fogo. De facto já o fizerom durante quarenta anos com o seu queridísimo Caudilho invicto. Para eles, a Espanha imaginária e sectária que se inventam está ante tudo e sobre tudo. A “sua” Espanha, mística, metafísica, indivisível e indisolúvel, como se de química ou de teologia se tratara, é umha espécie de espírito etéreo que tras*ita pela Península desde a noite dos tempos. Algo alheio ao tempo e ao espaço, umha misteriosa entidade angélica pouco menos que enviada pelo Deus Altísimo. Só há umha naçom: Espanha. Só há umha língua: o espanhol. Só há umha bandeira: a “rojigualda” (com águia, sem águia e com touro que há para tudos os gostos). E se alguém osa discrepar... comigo sodes em batalha!, como dizia o pobre Don Quijote. Todo o que saia de aí é “lesa pátria”, traiçom ao estado ou conjura ****u-masónica. Com tais personagens nom é possível nenhum entendimento. Fecham-se em banda e só empregam os argumentos do insulto e da violência. Pois bem, fiquem vocês com a sua nostálgia nacional-católica, o seu Val dos Caidos e os seus vintes de Novembro. Nós seguiremos imperturbáveis o nosso caminho. Há quenes som ultra-espanholistas e nom se querem ver reflexados no franquismo patrioteiro, mas o seu subconsciente traiciona-lhes à menor ocasom. Nom vamos a dizer nomes nem siglas.
Antonio Hernández Pérez
http://2.bp.blogspot.com/_6zFUCXyZv2w/S1CXiP5LCcI/AAAAAAAAAJA/wEPoSjKrRjE/s1600/de derechas+celtico.jpg
M.R.A. Gallaecia: A bandeira “rojo y gualda”
---------- Post added 26-abr-2013 at 10:15 ----------